domingo, 28 de fevereiro de 2010

Radicalismo versus superficialidade



O período de todos os radicalismos



- A 13/01/2009 - em plena tormenta - o Secretário da ONU multiplicava-se em apelos.
Afirmava: falta alguém para "iniciar a liderança do processo de reestruturação da economia mundial", acrescentando, o "B.M. e o FMI nada fizeram, a OCDE também não, o G7 nada - estamos à espera que alguém do G20 assuma essa liderança...".
Estes, parece, não terem ficado indiferentes ao apelo. Assim no final da cimeira dos G20, em Londres a 02/04/2009, emitiram uma declaração, onde constava:
- "... exigência de transparência, contra a opacidade ...",
- "... combate aos off-shores ..." (A OCDE apontou uma lista de países não cooperativos na troca de informações fiscais),
- "... o sigilo bancário do passado tem de acabar ...",
- "... exigência de registo de movimentos de capitais ...",
- "... defesa de uma regulação financeira eficaz ...",
- "... estender a supervisão a agências de supervisão de classificação de risco de crédito ...".

(Embora possa parecer, o que acima se encontra escrito não foi retirado do programa do BE (nem do do PC), são, sim, transcrições praticamente literais, da referida declaração dos G20).

- O "observador da santa sé" junto da ONU, defendia a 26/05/2009 - numa intervenção nesta organização:
- "... a necessidade de um desenvolvimento financeiro sustentável ...",
- "... regulamentação para garantir transparência global e o controlo a todos os níveis do sistema financeiro ...".

- Sarkozy - falava (pela mesma altura) da necessidade de "um mundo novo" ...

- O Sr. van Zeller, defendia num "prós e contras" (após a crise já ser declarada uma evidência), que o Estado devia passar a intervir na economia - fazendo antever que na intervenção seguinte iria defender os planos quinquenais ...

Estava-se, é claro, a assistir à chegada das, alterosas vagas, que, ameaçavam tragar os continentes ...

Mas o registo iria mudar ...