segunda-feira, 14 de maio de 2012

"Está montado um cerco à Grécia (...)"



- "Grécia: querem proibir a esperança"






"Está montado um cerco à Grécia"



Segunda, 14 Maio 2012 12:36


Marisa Matias denunciou que "está montado um cerco à Grécia para criar à força um governo que aplique na prática as políticas de austeridade que o povo rejeitou". Na sua intervenção semanal no programa Conselho Superior da Antena Um,
a eurodeputada salientou que não cabe ao ministro alemão das Finanças "dizer aos gregos qual vai ser o futuro da Grécia".
"Quem é o ministro alemão das Finanças para dizer se a Grécia deve ou não sair da Zona Euro?", perguntou Marisa Matias abordando as declarações recentes de Wolfgang Schauble segundo as quais a Europa está agora mais preparada para encarar a possibilidade de países abandonarem a moeda única.
"Sobre a Grécia devem falar os gregos", salientou a eurodeputada da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleita pelo Bloco de Esquerda; "os gregos falaram e só uma lei eleitoral absurda" (que desrespeita os princípios básicos da proporcionalidade e da representatividade ao oferecer automaticamente 50 deputados ao partido vencedor) impede as forças contrárias à austeridade de formar governo.
O que está a acontecer e se reflecte nas declarações do ministro alemão das Finanças, prosseguiu Marisa Matias, "é que há medo das janelas de esperança que se abrem e por isso arranjam-se maneiras de tentar contornar o que parecia inevitável".
A eurodeputada advertiu, por outro lado, que "aconteça o que acontecer na Grécia isso diz respeito também a Portugal, que está na linha da frente desta política avassaladora contra os direitos das pessoas".
Marisa Matias destacou a prestação eleitoral da coligação de Esquerda Syriza, que segundo as mais recentes sondagens já está com 27 por cento das intenções de voto se houver novas eleições na Grécia. A sua mensagem é, disse, que podemos ser europeístas e acreditar na conjugação desta realidade com o crescimento económico e uma melhor distribuição da riqueza criando uma "Europa mais solidária e mais compatível com o que necessitamos neste momento".



- A partir de: BE Internacional


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