domingo, 26 de janeiro de 2014

From U.S.A. (3)





(divulgação)


"Morte por fuzilamento" pode voltar a ser introduzida no EUA

Em pelo menos dois estados dos EUA está a ser considerada a reintrodução da “morte por fuzilamento” como método para executar cidadãos condenados à pena de morte. A motivação principal para voltar a usar este método grotesco, abandonado por quase todos os países do mundo, é, surpreendentemente, de ordem económica.



“Creio que os custos de construção de uma câmara de gás são proibitivos quando considerado o número de pessoas que seriam executadas, ou até o preço de guilhotinas”, argumentou um senador republicado do Wyoming.


A maior potência do mundo está com sérias dificuldades em importar a droga contida na injeção letal, assim, os pelotões de fuzilamento seriam a alternativa mais prática e económica, para ultrapassar o "problema".

Os estados de Wyoming e do Missouri já deram sinais nesse sentido e a “solução” poderá mesmo traduzir-se em projeto de lei.

Um deputado republicano do estado do Missouri, Paul Fitzwater, disse ter “as vítimas em mente”, quando manifestou o seu apoio a esta alteração legislativa. “As pessoas olham para os presos que vão ser executados como vítimas. Mas as verdadeiras vítimas não têm voz porque estão mortas", disse a um jornal local.

Um outro eleito, do Wyoming, também se manifestou publicamente favorável ao regresso dos pelotões de fuzilamento, sempre que não seja possível executar com recurso a injeção letal.

“Um dos motivos pelos quais escolhi os pelotões de fuzilamento e não qualquer outra forma é porque, francamente, é a opção mais barata para o poder público", afirmou o republicano Bruce Burns e membro do Senado do Wyoming.

“Creio que os custos de construção de uma câmara de gás são proibitivos quando considerado o número de pessoas que seriam executadas, ou até o preço de guilhotinas”, argumentou.

O estado do Utah é o único que já empregou este método de execução. Usou-o três vezes desde 1977, e, a última vez foi em 2010, quando o preso Ronnie Lee Gardner optou por esta via.

Os fabricantes europeus, fornecedores da substância usada para executar presos de forma indolor nos EUA, começaram a boicotar a venda da droga por motivos morais, segundo o portal Russia Today. Para tentar ultrapassar a situação, as autoridades dos estados com pena de morte entraram em contacto com a indústria farmacêutica norte-americana para poderem utilizar uma mistura não testada.

O método controverso, entretanto, uma combinação de poderosos sedativos e analgésicos, ainda precisa de ser aprovado. Nos últimos dias, o debate tem sido intenso no país após uma execução mal sucedida no Ohio no passado sábado, na qual o preso Dennis McGuire demorou 26 minutos para morrer. De acordo com a agência AP, foi a mais longa das 53 execuções desde que o estado reintroduziu a pena capital, em 1999.



- A partir de: esquerda.net




quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

"Novas" de Kiev ( 3 )




(divulgação)


Manifestação na Ucrânia ressuscita chefe fascista

A influência do grupo neonazi Svoboda – que obteve 10% e 37 deputados nas últimas eleições – tem sido visível nos protestos apresentados como "pró-europeus" à opinião pública internacional.



Manifestação promovida pelos neonazis em homenagem a Stepan Bandera juntou milhares em Kiev.

O Svoboda de Oleg Tyanybok juntou milhares de pessoas em Kiev num desfile evocativo de Stepan Bandera, um terrorista fascista que celebrou acordos com Hitler quando este iniciou a invasão da União Soviética, integrou o governo colaboracionista e acabou deportado para o campo de concentração de Saschenhausen – por exigir mais do que Hitler lhe concedia -  de onde foi libertado em 1944.

Chefe da Organização Nacionalista Ucraniana, “facção Bandera”, e do Exército Revolucionário Ucraniano (UPA), Stepan Bandera defendeu sempre a criação de uma Ucrânia independente de índole fascista - para “ucranianos puros”. Os seus herdeiros políticos, o partido Svoboda, que até 2004 se designou Partido Social Nacionalista, promovem anualmente uma marcha de homenagem por ocasião do seu aniversário, 1 de Janeiro. Bandera nasceu em 1909 e terá sido assassinado pelo KGB em 1959 na Alemanha, onde vivia.

A única ligação entre Stepan Bandera e o “pró-europeísmo” que tem caracterizado a actual vaga de manifestações na Ucrânia terá sido o facto de durante a Guerra Fria os seus operacionais clandestinos do UPA terem sido largados por aviões da NATO sobre espaço soviético.

O Svoboda pretende  fazer crer que a sua posição actual não se identifica com a ideologia de Stepan Bandera. “O nacionalismo não tem nada a ver com o nazismo e muito menos com os fascismo”, afirmou Oleg Tyanybok. “É por isso que estas marchas são importantes para pôr fim às histórias de horror inventadas pelos comunistas e a polícia secreta da era soviética”, acrescentou.

As palavras do chefe do Svoboda não se harmonizam com outras declarações suas e de deputados do partido no Parlamento de Kiev. Eleitos do partido consideram que a luta contra o actual presidente Yanukovich é um combate contra “a judiaria organizada” ou, como disse o próprio Tyanybok, contra “a mafia moscovito-judaica”.

As actividades terroristas de Stepan Bandera entre guerras caracterizou-se pela organização e participação em numerosos pogroms contra judeus na Polónia e na própria Ucrânia, em sintonia com os comportamentos hitlerianos.

A evocação de figuras como Stepan Bandera e o crescimento e activismo de grupos como Svoboda é o equivalente na Ucrânia aos esforços para reescrever a história em relação aos nacionalismos e aos colaboracionismos que se desenvolvem em todo o Leste da Europa designadamente na Hungria, Estónia, Letónia, Lituânia, República Checa e Eslováquia.




- A partir de: Esquerda.net






quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Mais 1 assassino em massa, 1 criminoso de guerra, 1 canalha, 1 colonialista, 1 colonizador; que desaparece sem ser julgado ...






(Devido à impossibilidade de carregar o vídeo (programa) completo de 13 de Janeiro de 2014 do "Democracy Now!", seguem-se 3 segmentos do programa ...)



















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Algumas imagens do massacre de Sabra e Shatila ( campos de refugiados palestinianos no sul do Líbano - massacre considerado pela Assembleia Geral da ONU como um genocídio por 123 votos a favor e 0 contra com 22 abstencões, em 1982, ano do massacre) acompanhadas do testemunho ocular, e comentários, de Robert Fisk