segunda-feira, 10 de março de 2014

Sem tempo! …






Há! quisera,
palavras ter
de mim fugidias,
em vão
procuro,
sem ti!                                                          

Eu,
desejara
o ilusório espaço
eliminar!
e, num infindável amplexo
tua frágil beleza
suster
tua cambaleante nudez
cobrir
tua lacrimejante seiva
acolher
em mim,
impregnar!                                                          
                                                       
Febril,
anseio
em ti!
por ti!
Há! ...
pudera
em teus olhos
fadigas
repousar
em teus lábios,
meus,
saciar!
em tua alva pele,
pela madrugada, exausto
adormecer,
tormentas mil,
aplacar!

Há! …
reviver
soubesse
e teu corpo
mapear …

Ó dor
imensa!
que o espaço
vasto,
não dissolve!

Ó ausência!
pairando pela noite
em mim
que cego tacteio

perdido
sem tempo, já!





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