terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As autoridades suíças devem investigar criminalmente o ex-presidente G. W. Bush (divulgação)

A Amnistia Internacional apela hoje às autoridades Suíças que iniciem um processo de investigação criminal contra o antigo Presidente dos EUA, George W. Bush no decurso da sua visita esperada ao país no dia 12 de Fevereiro.


O Presidente Bush admitiu nas suas memórias publicadas no passado mês de Novembro, bem como numa entrevista televisiva, que autorizou os serviços secretos norte americanos - Central Intelligence Agency (CIA) – a usar uma série de “técnicas reforçadas de interrogatório” contra todos os detidos em centros de detenção secretos da CIA, incluindo o “waterboarding”, uma técnica de tortura com água.


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“Já que as autoridades dos EUA, até agora, nada fizeram para levar o antigo Presidente à justiça, a Comunidade Internacional tem que intervir e actuar.”


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O Inspector-geral da CIA descobriu que os dois detidos que constituem aqueles casos, Zayn al Abidin Muhammed Husayn (conhecido por Abu Zubaydah) e Khalid Sheikh Mohammed, foram sujeitos, entre eles, a pelo menos 266 aplicações de waterboarding em 2002 e 2003. Esta técnica consiste na colocação do detido deitado no chão de costas para baixo e amarrado de pés e mãos esticados, enquanto, no rosto coberto com um pano, são despejadas grandes quantidades de água sobre as narinas e boca, simulando a dor e o sofrimento da asfixia por afogamento.


O programa de detenções secretas da CIA, desenhado sob a autorização do então Presidente Bush, foi responsável pela sujeição de pelo menos mais vinte detidos a uma variada série de “técnicas reforçadas de interrogatório”, incluindo a imposição da manutenção durante várias horas em determinadas posições que causam dor e sofrimento, privação do sono e abusos físicos de vária natureza.


O relatório evidencia o conjunto de provas recolhidas que demonstram que a tortura e os outros crimes contra a lei internacional tiveram lugar vitimando detidos pelos militares norte americanos em Guantánamo, no Afeganistão e no Iraque.


Texto completo de petição em Amnistia Internacional

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