sábado, 28 de julho de 2012

"Campanha contra Assange quer esconder o triunfo da Wikileaks"




- Divulgação:



Campanha contra Assange quer esconder o triunfo da Wikileaks


Sem o acesso aos telegramas secretos dos EUA, o mundo não saberia como os seus governos se comportam. Por Patrick Cockburn, The Independent.




ARTIGO | 7 JULHO, 2012 - 00:00




Vídeo "Collateral murder": sem a sua divulgação, a história seria deiferente.



No momento em que Julian Assange evitou ser preso ao refugiar-se na embaixada equatoriana em Knightsbridge, para escapar à extradição para a Suécia, e possivelmente para os EUA, os comentadores britânicos atacaram-no com as mais estridentes ofensas. Quase espumaram de raiva ao citar insignificantes exemplos da sua suposta deselegância, ego inflamado e aparência, como se de crimes se tratassem.


Estas críticas dizem muito mais do convencionalismo e do instinto de manada dos opinadores britânicos do que de Assange. Em tudo isto, ignoram o seu feito, como fundador da Wikileaks, ao publicar telegramas do governo dos EUA, dando às pessoas em todo o mundo a possibilidade de ficarem a conhecer o real comportamento dos seus governos. Tal conhecimento público é o âmago da democracia, porque é preciso informar adequadamente os eleitores para que eles sejam capazes de escolher os representantes que levem adiante os seus desejos.


Graças à Wikileaks, foi tornada pública muito mais informação sobre o que fazem e pensam os EUA e os seus aliados, do que em qualquer momento anterior. As únicas revelações que se lhe assemelham foram a publicação dos tratados secretos pelos bolcheviques em 1917, incluindo planos de França e Grã-Bretanha para modelar o mapa do Médio Oriente. Um paralelo mais óbvio é o da publicação dos Documentos do Pentágono graças a Daniel Ellsberg, em 1971, revelando as mentiras sistemáticas da administração Johnson sobre o Vietname. Da mesma forma que Assange, Ellsberg foi vilipendiado pelo governo dos EUA e ameaçado com a mais severa punição.


Um aspeto extraordinário da campanha contra Assange é que os colunistas da imprensa têm todo o à vontade para produzir milhares de palavras sobre as suas alegadas faltas, sem nunca sequer mencionarem os muito mais sérios crimes de Estado revelados pela Wikileaks. Todos estes críticos, e os leitores que concordam com eles, deviam antes ligar o Youtube e observar um vídeo de 17 minutos registado pela tripulação de um helicóptero Apache em Bagdade ocidental em 12 de julho de 2007. Mostra a tripulação do helicóptero metralhando até à morte pessoas no solo, na crença de de que são todos rebeldes armados. De facto, não consigo ver quaisquer armas, e o que num momento foi identificado como arma revelou-se ser a câmara de um jovem fotógrafo da Reuters, Namir Noor-Eldeen, que foi morto junto ao motorista, Saeed Chmag. O vídeo mostra o helicóptero chegando para um segundo ataque a uma carrinha que se detivera para recolher os mortos e os feridos. O motorista morreu e duas crianças ficaram feridas. Ah! Ah!, acertei-lhes, grita um dos tripulantes americanos triunfantemente. “Olhem para esses bandidos mortos”.


Eu estava em Bagdade quando ocorreu o tiroteio e recordo, na altura, tal como outros jornalistas, de não acreditar nas alegações do Pentágono de que os mortos eram todos rebeldes armados, mas não podíamos prová-lo. Não havia multidões de rebeldes armados nas ruas, à vista de toda a gente, com um helicóptero americano a andar por perto. A existência de um vídeo do massacre tornou-se conhecida, mas o Departamento de Defesa recusou-se terminantemente a divulgá-lo sob o Freedom of Information Act. A história oficial do que aconteceu não teria sido contestada efetivamente se um soldado americano, Bradley Manning, não tivesse entregue um vídeo à Wikileaks, que o divulgou em 2010.


Os telegramas obtidos pela Wikileaks foram publicados mais tarde, ainda naquele ano, em cinco jornais – The New York Times, The Guardian, Le Monde, Der Spiegel e El País – mas a resposta ao próprio Assange foi surpreendentemente malévola e desdenhosa. Os jornalistas pareciam zangados por o seu território profissional ser invadido por um especialista informático australiano que estava a fazer um bom trabalho.


Isto em si não teria sido suficiente para que uma parcela tão grande dos média declarasse aberta a temporada de caça a Assange. O que provocou a diferença foram as alegações de violação feitas na Suécia. Alegações de violação destroem uma reputação, por mais que as provas sejam fracas ou não existentes. Quanto à sugestão de que Assange exagerou as possibilidades de ser extraditado para os EUA a partir do momento em que entrasse na Suécia, a questão a saber é quem arriscaria nem que fosse cinco por cento de possibilidades de que o seu voo para Estocolmo pudesse acabar em 40 anos de prisão numa cela dos EUA?


Alguns adotam a linha oficial de que as fugas de informação “puseram vidas em risco”. Este lóbi começou a calar-se quando representantes do Pentágono admitiram, off the record, que não tinham quaisquer provas de que alguém tivesse sido prejudicado de qualquer forma.


Uma resposta mais desdenhosa foi a de que as revelações da Wikileaks não eram tão secretas quanto isso e que os documentos a que Bradley Manning teve acesso não tinham a classificação mais secreta. Outra questão foi-me colocada por um diplomata americano em Cabul, onde eu estava na altura da publicação dos telegramas. Disse o diplomata: “Não vamos conhecer os maiores segredos através da Wikileaks, porque esses já foram divulgados pela Casa Branca, pelo Pentágono ou pelo Departamento de Estado.


Na prática, os documentos da Wikileaks são amplamente informativos acerca do que fazem os EUA e como realmente veem o mundo em que vivemos. Por exemplo, há um telegrama enviado pela embaixada americana em Cabul em 2009 descrevendo o primeiro-ministro Hamid Karzai como um “indivíduo paranoico e fraco, que tem pouca familiaridade com as questões básicas de construção de uma nação.”


Especialistas de Afeganistão comentaram que as falhas de Karzai dificilmente seriam notícia. Esqueceram-se de que há uma grande diferença entre o que o mundo exterior suspeita e o que é confirmado pelos que têm acesso diário ao líder afegão. Aqui estavam experientes funcionários dos EUA dando a sua verdadeira opinião sobre o homem pelo qual americanos e britânicos estavam a combater e a morrer para que se mantivesse no poder.


Todos os governos caem num certo grau de hipocrisia entre o que dizem em público e em privado. Quando é reivindicada abertura democrática sobre ações gerais e políticas, fingem que estão a enfrentar um apelo à transparência total que iria evitar um governo efetivo.


O que o governo americano queria esconder acerca do Afeganistão não era apenas uma embaraçosa avaliação negativa de Karzai, o seu principal aliado local. Era que não tinha um parceiro local afegão credível e, portanto, não podia ganhar a guerra contra os taliban.


Assange e a Wikileaks desmascararam não só as reticências diplomáticas no interesse de garantir o funcionamento do governo, mas a duplicidade para justificar guerras perdidas nas quais dezenas de milhares morreram. A história recente mostra que este segredo oficial, frequentemente auxiliado por jornalistas “embedded”nos exércitos, funciona demasiado bem.


No Iraque, nos meses anteriores às eleições presidenciais de 2004, as embaixadas estrangeiras em Bagdade sabiam e informavam que os soldados dos EUA estavam apenas agarrados a ilhas de território, no meio de uma terra hostil. Mas a administração Bush conseguiu persuadir os eleitores que, pelo contrário, as tropas americanas estavam a lutar e a vencer uma batalha para estabelecer a democracia contra as réstias do regime de Saddam Hussein e os apoiantes de Osama bin Laden


O controlo estatal da informação e a capacidade de manipulá-la torna em grande parte sem sentido o direito de voto. É por isso que pessoas como Julian Assange são tão essenciais a uma escolha democrática.


1 de julho de 2012


Retirado de Information Clearinghouse.


Tradução de Luis Leiria para o Esquerda.net


(destaques, a azul, são da minha responsabilidade)



- A partir de: esquerda.net



quinta-feira, 26 de julho de 2012

Museu Geológico (3)




- Museu Geológico - Colecção Paleontológica






  Colecção Paleontológica

É a maior e mais importante colecção de referência deste âmbito, a nível nacional.

É constituída por centenas de milhar de representantes dos principais grupos fósseis provenientes de formações portuguesas, cobrindo praticamente todos os períodos entre o Câmbrico e o Quaternário, que ocorreram em Portugal, estando apenas exposta uma pequena parte, constituída essencialmente por exemplares figurados ou escolhidos pela qualidade da sua preservação.

No conjunto, merecem destaque as colecções de fósseis de mamíferos terciários e de dinossauros. Entre os grupos de invertebrados, devem referir-se, pela sua dimensão e variedade, as colecções de amonites, bivalves, gastrópodes e braquiópodes.

Deve sublinhar-se, por um lado, o facto desta colecção conter diversas espécies-tipo (holotipos, sintipos e paratipos), quer de invertebrados, quer de vertebrados, por outro, o de se encontrar parcialmente publicada, quer nas edições do Instituto e dos organismos que o precederam ("Memórias" e "Comunicações"), quer em publicações estrangeiras.

A colecção contém, também, um elevado número de espécies estrangeiras provenientes de trocas, compras e ofertas, efectuadas sobretudo, no final do século XIX.

Entre os seus principais organizadores, devem citar-se, entre outros, Carlos RibeiroNery DelgadoPaul Choffat e, mais recentemente, Georges Zbyszewski e O. da Veiga Ferreira.

De entre os principais grupos fósseis representados nas colecções do Museu Geológico, destacam-se os seguintes:
Vertebrados: Dinossauros e Mamíferos terciários;
Invertebrados: Coraliários, Trilobites, Graptólitos, Braquiópodes, Equinodermes, Goniatites, Amonites, Belemnites, Bivalves, Gastrópodes;
Plantas;
Icnofósseis.
















quarta-feira, 25 de julho de 2012

Museu Geológico (2)




- Museu Geológico - Colecção de Arqueologia Pré-Histórica





  Colecção de Arqueologia Pré-Histórica

Corresponde-lhe um acervo de mais de 100 000 peças cobrindo, praticamente, todas as etapas cronológico-culturais entre o Paleolítico e o período Lusitano-Romano, relativo às explorações mineiras.

Do conjunto destacam-se a ampla representação do Paleolítico Inferior e Médio, um dos melhores espólios do Mesolítico europeu e uma vasta representação de objectos fúnebres de diversas grutas e de monumentos megalíticos do nosso território.

Merece também referência o conjunto de artefactos ligados à exploração mineira romana (séc- I - III), de que se destaca a placa de bronze inscrita, proveniente de Vipasca (Aljustrel) e os materiais em esparto (cesto, chapéu e sola de sandália).

Iniciada com as colheitas de Carlos Ribeiro na região da Ota e de Muge, no século XIX, correspondem-lhe vários períodos de significativa incorporação de peças, intimamente ligados a grandes nomes da arqueologia portuguesa nomeadamente Joaquim Fontes, Henri Breuil, Abel Viana, Georges Zbyszewski, Afonso do Paço e O. da Veiga Ferreira, entre tantos outros.


Refira-se que é sobre os materiais que constituíram parte do embrião destas colecções, o espólio dos concheiros de Muge descobertos por Carlos Ribeiro em 1863, que F. Pereira da Costa redige a primeira monografia arqueológica publicada em Portugal, que intitulou "Da existência do homem em epochas remotas no valle do Tejo" (C.S.G., Lisboa, 1865).

Sublinhe-se o facto de que, durante muitos anos, a colecção de arqueologia pré-histórica do Museu Geológico foi a única disponível aos investigadores desta área e, que continua a ser, no conjunto do país, uma das poucas colecções gerais de Pré-história, abrangente e acessível aos diversos públicos.

Tem sido, nos últimos anos, objecto de diversos trabalhos de intervenção curativa e de restauro de muitas das suas peças mais significativas. No que respeita à exposição, deve dizer-se que esta foi recentemente objecto de requalificação, trabalho que beneficiou de subsídio concedido pelo Instituto Português de Museus.







terça-feira, 24 de julho de 2012

Museu Geológico (1)



- Museu Geológico - Sala de Paleontologia e Estratigrafia






Sala de Paleontologia e Estratigrafia

É a Sala que ocupa maior área e onde estão expostos, quer isoladamente quer nos expositores centrais, mais de 2 200 exemplares de fósseis de todas as idades com representação em Portugal.
Se o visitante pretender conhecer melhor o enquadramento geológico das peças expostas, poderá adquirir na recepção, a publicação “Compreender a História da Terra no Museu Geológico de Portugal”.
À entrada da Sala, um escaparate disponibiliza o catálogo “Regiões e locais dos exemplares expostos na sala de Paleontologia, Acessos, Recepção e Sala da Geologia de Lisboa”.
O esquema junto dá a indicação de como se encontram distribuídos os seguintes conjuntos:

1 – “Portugal antes do Homem”

Esta exposição compreende 18 expositores centrais da ala direita da Sala de Paleontologia e Estratigrafia (D1-D18), nos quais são tratados os diferentes Períodos da História da Terra, particularizando o caso do território português.
Em cada expositor estão reunidos diversos dos principais fósseis portugueses, relativos ao período em questão. No painel respectivo são dadas informações, esquemas e fotografias que respeitam à paleogeografia dos antigos continentes, aos principais eventos e fósseis, à cartografia dos afloramentos portugueses, dando-se ainda uma relação sucinta das suas características mais relevantes.
Ao longo dos Armários Laterais, à direita da Sala, encontram-se diversas fotografias ampliadas, sobre motivos relacionados com a história geológica da Terra e, em particular, de sítios com interesse geológico do nosso país, que servem de complemento ao expositores.

2 – Colecção de Paleontologia

Inicia-se por um expositor dedicado aos tipos de fossilização e aos falsos fósseis e prossegue com a apresentação dos diversos grupos sistemáticos, dos mais simples aos mais complexos, com representação em Portugal, seguindo o percurso indicado no esquema junto.
Os painéis dos diversos expositores dão a informação teórica complementar sobre a morfologia, modos de vida e distribuição estratigráfica de cada um desses grupos.

3 - Diorama: “Da terra firme ao mar largo”

Corresponde a 2 expositores (A19 -A20) onde está representado um perfil litoral, ao qual estão associados alguns dos grupos fósseis característicos dos diversos sub-ambientes, desde a terra emersa até às grandes profundidades oceânicas. As cores das respectivas etiquetas correspondem à estratigrafia do fóssil.
A explicação detalhada encontra-se disponível no texto junto ao expositor

4 – Colecção de Estratigrafia

Está guardada nos 204  Armários Laterais e respectivas prateleiras e gavêtas, e corresponde ao conjunto clássico dos principais cortes geológico-estratigráficos de Portugal, desde o Câmbrico ao Pliocénico e, pelas suas características, está só disponível a especialistas.

5 - Tipos de Rochas

Nos 4 Armários ao fundo da Sala, apresenta-se uma pequena mostra dos principais grupos de rochas portuguesas: ígneas, vulcânicas, sedimentares e metamórficas.
Esta mostra destina-se ao público não-especialista e, em especial, aos alunos das escolas.

6 - Exemplares isolados

Na sala estão distribuídas algumas dezenas de grandes exemplares exibidos individualmente devido às suas dimensões, dos quais se referem os principais grupos:

- Amonites (exemplares de Portugal e de Moçambique)
- Peixes
- Dinossauros (ossos da bacia e dos membros, vértebras e pegadas)
- Mastodontes (ossos de membros, crânios, presas, dentes)
- Cetáceos (vertebras, mandíbula)
- Vegetais (troncos não mineralizados)
- Icnofósseis (pistas de Trilobites e de outros animais)

Alguns destes exemplares, pelas suas características excepcionais, foram   integrados nas “27 Maravilhas do Museu”, a saber:

- Bacia de Omosaurus lennieri, com 150 Milhões de Anos, quase completa
- Fémur de Apatosaurus alenquerensis, com 150 Milhões de Anos, medindo 1,6 m
- Amonites de Conducia, com cerca de 100 Milhões de Anos, em excelente estado de conservação
- Crinóide de Valongo (Delgadocrinus oportovinum) com 470 Milhões de Anos, e  excepcionalmente bem conservado.
- Tronco de Juniperoxylon pachyderma com 3 Milhões de Anos, que mostra os anéis de crescimento.




domingo, 22 de julho de 2012

A “Europa dos pequeninos”






Bruxelas - Foto de família. Cimeira Europeia (28 e 29 de Junho últimos)




















Cimeira Europeia

(Peça Trágico-Cómica em 2 actos (abreviação))




- Prólogo:

- Anúncios, declarações e comentários ecoaram cedo pelos media.
- Actores, em azáfama, cruzam-se e encontram-se pelos corredores ...
- Rituais repetem-se ...



1º Acto - A farsa

1 - O presidente do Conselho Europeu Rompuy, pretendendo dar o mote, afirma peremptório "querer cimeira decisiva", sendo acompanhado, ao fundo, em eco, por Rajoy e Monti. (Agência Financeira no dia anterior à cimeira).

2 - No final do encontro - a apoteóse!

- Intervenientes e comentadores rejubilam pelos media.

3 - "UE/Cimeira: As taxas de juro cobradas pela dívida da Espanha e da Itália caíram hoje em força [uauu!], na sequência das medidas aprovadas (...) em Bruxelas, na Cimeira dos países da Zona Euro". (Diz a TSF a 29/06).

- Durão Barroso dá-se "satisfeito com 'compromissos substanciais'". (TSF).

4 - A RTP (também a 29) no seu "site" dá a boa-nova: "Cimeira Europeia acalmou os mercados [caramba! ... finalmente!] os resultados da Cimeira provocaram uma queda a pique nos juros da dívida pública de Espanha, Itália e Portugal. Também as bolsas europeias tiveram fortes ganhos e viveram a melhor sessão em mais de meio ano".

- Consta que fogo de artifício acompanhado pelo rebentar das rolhas a saltar de garrafas de champanhe preencheram o espaço em muitos locais ...

- "[a] Euforia tomou conta dos mercados - juros da dívida pública caem a pique [Uff!, foi desta!] e bolsas europeias conseguem fortes ganhos". (Afirmava-se no seu telejornal das 20h).

5 - A nobilíssima Fitch não conteve 1 comentário... O seu diagnóstico é revelado: "A Fitch diz que a conclusão da Cimeira Europeia 'excedeu as expectativas' [acrescentando, no entanto] embora estas fossem baixas". (Transmite o Jornal de Negócios a 29).



2º Acto - O quotidiano lúgubre

(Menos de 1 mês depois ...)

1 - "crash na bolsa espanhola e disparo no risco [noticia o Expresso a 20 de Julho, continuando] o Índice IBEX 35 [caiu] 5,82% e os juros da dívida a 10 anos a fecharem ao nível recorde de 7,27%", e, "os juros (...) no prazo de 3 anos subiram para 6,53% e (...) a 5 anos para 6,87%".

2 - Ainda a 20 de Julho a Agência Financeira dá conta da opinião de Mário Monti (dado como 1 dos "vencedores" do encontro): "O 1º ministro italiano admite [deveras brilhante ...] que a crise das dívidas soberanas alastrou à Itália e que o país tem que fazer tudo o possível para evitar um resgate financeiro", continuando Monti, "[a] 'turbulência financeira' enfraqueceu a confiança no projeto da moeda única [dando mostra da sua - invejável, acrescente-se - perspicácia], mas [sublinhou, categórico] que a Itália não precisava de medidas adicionais para aumentar as receitas e fortalecer as finanças públicas".
Continuando, adiante, a Agência Financeira "hoje os títulos [juros] de Itália subiram para os 6,15%".

(Com o objectivo de poupar o, eventual, vómito contenhamo-nos com os exemplos da tragi-comédia de mais uma cimeira - a 20ª ou 21ª após a queda da Grécia)



- Epílogo: A euforia dissipa-se tão rapidamente como fumo soprado pelo vento ...

(Novos folhetins encontram-se, desde já, anunciados ...).




N. B.: Recomenda-se vivamente que a imagem supra seja copiada, guardada e emoldurada - para "mais tarde recordar" ...
Ou, talvez os seus elementos possam servir de modelos à Câmara de Horrores de Madame Tussaud.





quinta-feira, 12 de julho de 2012

Que se inspire alguns momentos de veracidade e de autenticidade!





- Intervenção realizada aquando da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento ("Cimeira da Terra" - "ECO-92"), realizada de 3 a 14 de Junho de 1992 no Rio de Janeiro.






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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Banqueiros atrás das grades




(Divulgação)





Os grandes bancos foram surpreendidos em um enorme escândalo de manipulação das taxas de juros globais, surrupiando milhões de pessoas em hipotecas, empréstimos estudantis, entre outros. Se fosse conosco, iríamos para a cadeia por conta disso, mas o banco Barclays apenas teve de pagar uma multa, uma pequena fração de seus lucros! A indignação está crescendo e essa é nossa chance de finalmente virar a mesa contra o reinado dos banqueiros sobre nossas democracias. 


O regulador de finanças da UE, Michel Barnier, está enfrentando o lobby de poderosos bancos e defendendo uma reforma que iria colocar os banqueiros atrás das grades por fraudes como esta. Se a UE tomar a iniciativa, esse tipo de responsabilização pode rapidamente se espalhar pelo globo. Mas os bancos estão fazendo lobby contra essa medida e precisamos de um gigante apoio popular para conduzir essas reformas. 


Se conseguirmos 1 milhão de assinaturas em apoio a Barnier nos próximos 3 dias, isso lhe dará forças para enfrentar a lobby bancário e para pressionar os governos em prol de uma reforma bancária. Assine a petição ao lado. O número de assinaturas será representado por atores fantasiados de banqueiros em uma prisão em frente ao Parlamento da UE.


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Petição:  



Para a Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Estados-membros:


Enquanto cidadãos preocupados com a onda de crises bancárias que afetam nossas economias e vidas, pedimos que tomem ação para garantir que os banqueiros sejam responsabilizados. Isso só pode ser feito com a apresentação de uma legislação forte contra o abuso de mercado, que inclua sanções criminais para os banqueiros que cavalguem por cima dos regulamentos ou desobedeçam nossas leis.




- Texto e petição em: avaaz.org




segunda-feira, 2 de julho de 2012

"1 Milhão para proibir o comércio de leões"




(Divulgação)








Centenas de leões sul-africanos estão sendo abatidos para a produção de poções falsas para sexo para os homens. Mas podemos acabar com este comércio cruel ameaçando o governo em um tema sensível - a indústria do turismo. 

A proibição mundial da venda de ossos de tigre fez com que comerciantes fossem atrás de um novo prêmio - os majestosos leões. Leões são criados em condições terríveis na África do Sul para "caça enlatada", onde os turistas ricos pagam fortunas para matá-los através de cercas. Agora, especialistas dizem que os ossos de leão dessas fazendas assassinas estão sendo exportados para os fabricantes de falsa 'medicina' na Ásia com enormes lucros. O comércio está explodindo e especialistas temem que à medida que os preços subam, mesmo os leões selvagens - apenas 20.000 restantes na África - sofrerão o ataque da caça furtiva.

Se pudermos mostrar ao Presidente Zuma que este comércio está prejudicando brutalmente a imagem da África do Sul como destino turístico, ele poderá proibir e punir o comércio de ossos de leões. A Avaaz colocará anúncios impactantes em aeroportos, sites e revistas de turismo, mas precisamos urgentemente de 1 milhão de assinaturas na nossa petição para dar força a estes anúncios. Assine ao ladol para aumentarmos nossas assinaturas rapidamente!



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- Petição:



Para o presidente Zuma da África do Sul :


Como cidadãos de todo o mundo, com grande respeito pela África do Sul e por seu magnífico patrimônio natural, apelamos ao senhor para proibir o comércio cruel e sem sentido dos ossos e órgãos de leão, que está incentivando uma indústria que poderia conduzir os leões à beira da extinção. Esperamos ser capazes de visitar a África do Sul e apoiar a sua indústria do turismo, e gostaria de recomendar essa viagem para nossos amigos. Esperamos que o senhor possa remover a mancha deste comércio de leão da reputação do seu país e nos ajudar a apoiá-lo com a consciência limpa.



- Texto e Petição em: avaaz.org