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Notícia da Amnistia Internacional (divulgação):
Disparado gás lacrimogéneo nos confrontos em Atenas
A polícia de choque grega não deve recorrer ao uso excessivo de força ao tentar dispersar os violentos protestos de que Atenas tem sido palco, afirmou a Amnistia Internacional, aquando da divulgação de relatos da hospitalização de manifestantes após a polícia ter lançado enormes quantidades de gás lacrimogéneo.
Os confrontos surgiram durante dois dias de protestos na praça Syntagma, contra as medidas de austeridade aprovadas pelo Parlamento grego no dia 29 de Junho.
“As manifestações, na maioria pacíficas, dos últimos dois dias foram novamente interrompidas por uma minoria de manifestantes que entraram em confronto com a polícia,” afirmou John Dalhuisen, Subdirector do Programa da Amnistia Internacional para a Europa e Ásia Central.
“A polícia tem o dever de parar a violência e deter os responsáveis, mas deve garantir que o uso de força é proporcional e direccionado apenas para os manifestantes violentos. Não deve impedir o legítimo direito de reunião e protesto dos manifestantes pacíficos que marcam presença na praça Syntagma.”
Os sindicatos declararam, no dia 28 de Junho, um greve geral de 48 horas na Grécia, como forma de protesto contra os planos do governo que tinham como objectivo introduzir um novo plano de austeridade. A praça Syntagma em Atenas, no lado oposto ao Parlamento, tem sido o local para onde convergem milhares de manifestantes durante a greve.
O movimento grego dos “indignados” também ocupou pacificamente a praça durante várias semanas.
Vídeos e testemunhas apontam para o repetido uso excessivo de força por parte da polícia em protestos recentes, incluindo o uso indiscriminado e desproporcional de gás lacrimogéneo e outros químicos contra manifestantes pacíficos.
Os representantes da Amnistia Internacional, presentes na praça Syntagma, testemunharam os incidentes em que manifestantes pacíficos foram agredidos por agentes da polícia.
Nuvens de gás lacrimogéneo cercavam a praça obrigando um grande número de manifestantes a refugiarem-se dentro da estação de metro da praça Syntagma, onde continuaram o seu protesto.
Muitos manifestantes foram alegadamente hospitalizados com problemas respiratórios causados pela inalação de gás lacrimogéneo e alguns participantes nos protestos, assim como membros da polícia de choque sofreram ferimentos.
Texto em Amnistia Internacional
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