Pela sua pertinência, aqui fica a divulgação de 1 artigo publicado em esquerda.net, com resumos de declarações de Francisco Louçã:
“Com as políticas actuais a dívida no futuro será muito maior”, afirmou Francisco Louçã
Numa sessão do Bloco na Moita, o dirigente do Bloco defendeu que a esquerda deve votar contra o orçamento e criticou a abstenção do PS. Sobre o pedido da Itália ao FMI disse que “é uma antecipação da necessidade da Itália recorrer também a empréstimos, para os quais não há dinheiro, ou seja, a UE está a cavar a sua própria sepultura, que é a de todos nós”.
Artigo | 5 Novembro, 2011 - 03:38
“Sei que este não é o orçamento da Esquerda, é da Direita pura e dura, mas nós não voltamos as costas aos reformados e aos trabalhadores", afirmou Francisco Louçã na Moita.
“O secretário-geral do PS não teve a simpatia de comunicar ao povo o que resultou das duas reuniões que teve nos últimos dias com Pedro Passos Coelho, que foram à socapa”, afirmou Francisco Louçã numa sessão do Bloco de Esquerda na Moita, segundo a agência Lusa.
“Sei que este não é o orçamento da Esquerda, é da Direita pura e dura, mas nós não voltamos as costas aos reformados e aos trabalhadores. Por isso, a Esquerda recusa o orçamento. No programa do PS parece que estava escrito que só queriam tirar o subsídio de férias, eu não o li, devia estar em letras muito pequenas”, criticou ainda o coordenador da comissão política do Bloco, realçando que “com as políticas actuais a dívida no futuro será muito maior”
Sobre as políticas de austeridade, realçou que “em todos os casos temos um grupo de economistas fanáticos, delirantes e incompetentes, que acham que a solução para a crise é provocar uma recessão tão funda que torne possível baixar os salários. Segundo estes economistas, só há desemprego porque existem muitas pessoas a ganhar o ordenado mínimo com 485 euros".
Sobre a política do actual Governo, o dirigente do Bloco salientou: “Passos Coelho acredita que a razão da crise é os salários serem muitos altos e não as receitas fiscais terem diminuído e de haverem perdas fiscais imensas. Os economistas que dizem isto só aplicaram esta solução no Chile, na altura de Pinochet, e agora acreditam que estas soluções, que falharam na América Latina, podem ser postas em prática na Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha ou Itália”.
Referindo-se à Grécia, Francisco Louçã disse que existe uma aspecto que já era evidente há muito tempo, que “as soluções autoritárias, a ‘troika’, não resultam e só agravam os problemas”, acrescentando que existe um dado novo que agora surge: “Uma crise grave do regime, pois uma parte do País não aceita ser governado por piratas. É um sinal para Portugal”. Lembrou ainda que a Grécia tem agora “uma administração colonial”, “uma particularidade, que é uma ameaça para Portugal, que é um Ministério residente da ‘troika’, em que todos os ministros gregos vão a despacho de vez em quando e isto originou uma indignação dos gregos, a que só podemos dar razão”.
Sobre a Itália e o pedido que fez ao FMI, o deputado do Bloco declarou: “A Itália é um país especial, que tem um primeiro-ministro em ‘part-time’, mas é a quarta economia mais forte da Europa. Este pedido é uma antecipação da necessidade da Itália recorrer também a empréstimos, para os quais não há dinheiro, ou seja, a União Europeia está a cavar a sua própria sepultura, que é a de todos nós”.
(Os sublinhados são da minha responsabilidade)
Artigo em: esquerda.net
Sem comentários:
Enviar um comentário