sexta-feira, 6 de abril de 2012

Contra o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (2)


- Divulgação:



Bloco denuncia encerramento da Maternidade Alfredo da Costa


Segundo denunciou, esta quinta feira, Francisco Louçã, "o governo irá encerrar o primeiro hospital do seu mandato: A Maternidade Alfredo da Costa (MAC)”. Em comunicado, o Bloco “considera inaceitável a decisão de desmantelar” esta unidade “pelos prejuízos que dela inevitavelmente resultam para a população de Lisboa e para a capacidade de resposta do SNS”.


ARTIGO | 5 ABRIL, 2012 - 13:18





“Agora mesmo, na Fontes Pereira de Melo, está a ser comunicado o encerramento do primeiro hospital do seu mandato: A Maternidade Alfredo da Costa (MAC)”, afirmou Francisco Louçã durante o debate do Orçamento Retificativo.


A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale de Tejo terá comunicado esta quarta feira aos diretores de serviço da MAC que esta unidade vai encerrar. Esta notícia estará a apanhar os médicos e enfermeiros da maternidade de surpresa, já que o destino da MAC estaria supostamente em análise e iria ser abordado na carta hospitalar a ser elaborada pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), a ser apresentada a 15 de abril.


O próprio ministro da Saúde não transmitiu esta informação aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde durante a audição realizada nesta quarta feira.


Em comunicado, o Bloco de Esquerda lembra que a Maternidade Alfredo da Costa é a unidade que “realiza o maior número de partos e que reúne os recursos humanos e técnicos mais sofisticados no domínio da saúde da mulher e da neo-natologia”, sublinhando que a decisão de desmantelar esta unidade é inaceitável “pelos prejuízos que dela inevitavelmente resultam para a população de Lisboa e para a capacidade de resposta do SNS”.


Segundo denuncia o Bloco, esta “é uma decisão determinada exclusivamente por critérios financeiros, sobrepondo a política dos cortes aos critérios clínicos e padrões de qualidade que devem orientar a política de saúde”, sendo que “o grande beneficiário desta decisão é o grupo privado que gere o novo hospital de Loures em regime de PPP, razão invocada para o encerramento da Alfredo da Costa”.


Neste comunicado, é ainda denunciada o “cinismo e hipocrisia do ministro da saúde" que, tendo estado no Parlamento "a discutir a sua política de saúde, numa audição da comissão parlamentar de saúde", não disse “uma palavra que fosse sobre o encerramento da maternidade Alfredo da Costa”.


“A atitude do ministro da saúde revela a sua falta de cultura democrática e constitui um condenável desrespeito pelo Parlamento e pelos deputados”, frisa o Bloco, adiantando que “uma política que se esconde e foge ao debate frontal e transparente não é seguramente uma política capaz de defender, modernizar e humanizar o SNS”.


O Bloco de Esquerda compromete-se a não cruzar “os braços perante o encerramento da maternidade Alfredo da Costa” e a não deixar “passar em claro a má fé e má consciência do ministro Paulo Macedo”.




- A partir de: Esquerda.net



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