- Duas “vítimas” da justiça nacional vieram recentemente reclamar na praça pública.
A consternação moveu-os; nos media revelaram-nos o quão chocados e humilhados se encontram.
- 1 formou-se em subtrair poupanças e outros bens.
O outro tornou-se especialista em bandidagem.
- 1 afirma haver (na cena do crime nacional) gente pior.
O outro afirma-se justiceiro.
- 1 não mostrou arrependimento.
O outro disse que voltaria a repetir tudo (coisa que faz a cada dia; qual, bandido, viciado e incurável).
- 1 não tem pingo de vergonha.
O outro, além disso, instila repulsa e asco.
- Ambos nutrem especial apreço por animais domésticos:
1 tem inclinação por canídeos, o outro prefere felinos.
- 1 tem longa carreira no meio bancário.
O outro ascendeu, recentemente, como cruzado movido pela senda da justiça e da perseguição sem tréguas a todos os criminosos (com a condição, obviamente, do criminoso não ser o próprio).
- 1 pede indulto.
O outro quer 3 tachos ministeriais no governo.
- 1 escapou e encontra-se a apanhar sol em parte incerta.
O outro – por enquanto – não.
- Ambas as personagens comungam da mesma opinião: o tribunal europeu é que irá trazer a reparação e a justiça.
- Acrescente-se que, quanto a isso; o 2º, sabe-se, tem o alto patrocínio divino assegurado. Quanto ao outro, desconhece-se.