segunda-feira, 6 de junho de 2011

Elegia apologética





1 - Declaro, não ter participado na edificação do monumento nacional à incompetência à ruína à pilhéria à desgraça.

- Declaro que, nem o visitarei – nunca.

- Não, não rumarei a tal deformidade.

- Não, os meus percursos são diversos, não se cruzaram – nunca – nem se cruzarão com tal caminho.


- Não, não vou por aí!


2 – Venham, venham os infractores e os incompetentes onde quer que estejais!

- Venham os malabaristas, de cujas cartolas continuam a retirar – sempre – o mesmo defundo animal.

- Venham os ilusionistas, que continuam a fascinar a multidão com os truques mil vezes repetidos, em espectáculos sem glória nem alcance nem futuro.

- Venham também os saqueadores, pois o saque é nobre prática.

- Venham ainda os carteiristas, que espetam as mãos em bolsos alheios.



- Vinde, vinde, pois estais todos perdoados – o mundo pertence-VOS!




- Bem-aventurados os pobres (os de espírito e todos os outros) e os mansos , porque deles será o reino dos céus!

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