- Há patetas que diferem de tantos outros pelo facto de intervirem no espaço público... por exemplo.
- Há patetas que não só têm opiniões, como as manifestam publicamente – uma liberdade constitucional, diga-se.
Pois esta (a Constituição) não estabelece, sobre estes, quaisquer dicriminação. - Uma virtude constitucional; acrescente-se.
- Mas é forçoso constatar que virtude é coisa que nem todos os patetas possuem.
- Há patetas que consideram “patetas”, “quem está acampado no Rossio e por lá faz uma festa”.
Quem iria imaginar que houvesse patetas que se preocupassem, e incomodassem, com coisas dessa jaez …. Acrescentando que “se lá estivessem os ciganos eram logo corridos em 5 minutos”.
- Há patetas que desconhecem que tanto os “patetas acampados no Rossio”, como os “ciganos” - são constitucionalmente designados: cidadãos.
- Há até patetas que sobre si – pateticamente – possuem altas referências. Vá-se lá saber porquê … - acham-se “democratas”, “crentes na democracia liberal” e até “tolerantes” …
- E é, porventura, invocando essas dignas qualidades (e em nome delas), que apelam a “uma boa cargazinha”, sobre cidadãos que se invocam o direito de sê-lo.
- Isto é, o direito a exercer a cidadania – conceito, seguramente, estranho para muitos patetas.
- Mas como em relação a patetas não se deve ser demasiado exigente. É pois justificável, a estes, que desconheçam (ou ignorem) que a Constituição (sim essa mesma; a da República – no seu 45º Artigo, ponto 1; “Direito de reunião e de manifestação”), reconhece que: “Os cidadãos têm o direito de reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização.”
- O que diferencia alguns patetas de outros, é apenas, o facto de não saberem que o são.
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