segunda-feira, 13 de junho de 2011

Exija Dignidade



Campanha (internacional) - da Amnistia Internacional:

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Lançada em 2009 - A campanha continua actual.

E continua oportuno divulgá-la, e, discuti-la ...

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(((Exija Dignidade)))

Por um caminho para fora da Pobreza, na rota dos Direitos Humanos!
Por todo o Mundo, pessoas em situação de pobreza exigem dignidade. Querem pôr um fim à injustiça e à exclusão que os mantém cativos da privação. Querem ter controlo sobre as decisões que afectam as suas vidas. Querem que os seus direitos sejam respeitados e que as suas vozes contem.
Junte-se a estas pessoas agora!
Junte a sua voz à nova campanha da Amnistia Internacional!
Actue – exija dignidade!

DIREITOS HUMANOS = MENOS POBREZA

Uma década depois de terem sido definidos os oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, quando os Estados de todo o mundo perceberam que era fundamental unir esforços e tornar o planeta Terra mais equitativo, o mundo está mais desproporcional, com os países mais ricos a distanciarem-se dos mais pobres.
Para ajudar a inverter esta situação, a Amnistia Internacional lançou, a 28 de Maio de 2009, a campanha EXIJA DIGNIDADE! Naquela que é a maior Campanha alguma vez lançada pela Amnistia Internacional, o objectivo é também um dos mais ambiciosos: quebrar o ciclo de pobreza.
A pobreza não é uma fatalidade. É algo que resulta de decisões que mais remota ou mais directamente levaram à exclusão e à privação. Sendo a pobreza fruto de decisões, é possível tomar (e pressionar para que sejam tomadas) outras decisões contrárias àquelas que estiveram na génese da pobreza. É aqui que se quebra o ciclo a pobreza.
Esta quebra será tanto mais eficaz quanto para ela concorrerem 3 factores, os 3 eixos estratégicos desta campanha:
  • A participação activa: não será erradicada a pobreza se não forem envolvidos activamente os mais desfavorecidos no processo de identificação dos seus problemas e da solução para os mesmos.
  • O Acesso: não será erradicada a pobreza sem a participação activa dos mais desfavorecidos e sem a criação das garantias de acesso a todos os meios e processos de resolução desses problemas. Não há fim à pobreza, sem acesso à educação, à saúde, à justiça, enfim, à realização dos Direitos, Económicos, Sociais e Culturais.
  • A Responsabilidade e responsabilização: não se porá termo à pobreza sem a participação activa, sem os acessos e sem uma efectiva responsabilidade de todos os que podem contribuir para a erradicação da pobreza e responsabilização de todos quantos se comprometerem, expressa ou implicitamente a fazê-lo: Estados, empresas, associações, indivíduos.
Acabar com a pobreza significa romper o ciclo vicioso de situações que fogem ao controlo das vítimas de pobreza e que fazem com que quem vive com menos de 1 dólar por dia dificilmente deixe de ser pobre. Quem não tem recursos, não tem água potável, alimentação adequada e uma habitação condigna que lhe permitam ter uma vida saudável; quem não tem acesso a cuidados de saúde básicos, não tem electricidade que lhe permita estudar, nem uma escola e professores; quem, para além disso não tem uma sociedade que o apoie, não tem a garantia de respeito pela sua dignidade humana. Vive à margem, excluído, sem acesso à justiça ou à informação, ferramentas essenciais para exigir os seus direitos. As decisões que directamente os atingem são tomadas por actores governamentais e internacionais de quem estão afastados.
Além disso, a maioria dos pobres vive diariamente na insegurança: considerados marginais pelas autoridades, ficam entregues aos grupos criminosos que se movimentam nas zonas onde habitam.
Falta de recursos, exclusão social e insegurança, são três aspectos que caracterizam a vida das pessoas em situação de pobreza. E todas dependem de decisões às quais estas não têm acesso.

Como vamos actuar

A AI não irá actuar no terreno, à semelhança de outras organizações não governamentais para o desenvolvimento. Vai aliar-se a elas, mas lutando com as suas próprias “armas”: fazendo lobby junto dos governos e de outros actores internacionais, como as empresas privadas; e denunciando violações graves aos direitos humanos que continuam a ocorrer em muitos países e que ajudam a perpetuar a pobreza no mundo.

Como vamos conseguir a mudança

Para conseguir uma mudança efectiva e a longo prazo é necessário assentá-la nos três eixos estratégicos acima referidos, pois sem eles, os indivíduos têm ficado “encurralados” na pobreza:
  • Encorajar a participação activa das populações nas decisões políticas que afectam as suas vidas. Só mudando estas realidades é possível contribuir para a erradicação da pobreza;
  • Facilitar o acesso das pessoas que vivem em situação de pobreza aos recursos de que precisam para lutarem pelos seus próprios direitos;
  • Responsabilização dos que cometem abusos aos direitos humanos que perpetuam a pobreza.


Por onde começar:

Estes eixos estratégicos são transversais a várias áreas temáticas. Dentro do vasto leque de hipóteses, a Amnistia, na fase inicial da campanha, vai focar a sua atenção na implementação destes eixos estratégicos em três áreas temáticas distintas que têm contribuído para a persistência da pobreza e da desigualdade no mundo e que demonstram, com grande clareza, a interacção entre privação, insegurança e exclusão.
  • Mortalidade materna
  • Bairros degradados
  • Responsabilidade Social de Empresas


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