Greve Geral: vozes contra a austeridade
vão ouvir-se em 20 países europeus
Vinte países, entre os quais Portugal,
vão juntar-se, na quarta-feira, à jornada de luta europeia contra a
austeridade e a favor do emprego, que inclui greves, manifestações,
ações de protesto e reuniões em várias cidades da Europa.
ARTIGO | 12 NOVEMBRO, 2012 - 14:38
A jornada europeia de ação e
solidariedade, organizada pela Confederação Europeia dos Sindicatos
(CES), tem como lema "Pelo emprego e a solidariedade na Europa,
não à austeridade" e vai mobilizar cerca de 40 organizações
sindicais.
Segundo a Lusa, além dos 20 países em
que as vozes contra a austeridade se vão fazer ouvir na
quarta-feira, há outros três que também se associam à jornada de
luta, mas onde as ações de protesto decorrerão mais tarde: Suíça
(quinta-feira), Eslovénia e República Checa (sábado, em ambos os
casos).
"A jornada tem como objetivo
transmitir uma mensagem comum em defesa do crescimento e emprego e
contra a austeridade. Estou convencida de que se tivermos uma grande
ação em toda a Europa, tal poderá fazer a diferença",
afirmou a secretária-geral da CES, Bernadette Ségol, em entrevista
à agência Lusa, em Bruxelas.
Bernadette Ségol disse que "no
final de junho houve alguma esperança, porque a ideia de crescimento
e emprego foi reconhecida pelo Conselho Europeu". No entanto,
"os atos não seguiram as palavras" e a CES "não vê
os governos a agir".
Momento histórico: uma greve geral
ibérica e um protesto à escala da Europa
Para quarta-feira, estão marcadas
greve gerais de 24 horas contra a austeridade em Portugal e Espanha,
enquanto em Itália e na Grécia decorrerão paralisações de quatro
e três horas, respetivamente.Também em Vilnius, Lituânia, haverá
uma greve, mas apenas abrangerá o setor dos transportes.
Em várias cidades europeias decorrerão
ações de protesto contra as políticas de austeridade e em defesa
do emprego.
Na capital belga haverá uma
manifestação junto à Comissão Europeia e, em França, estão
previstas 25 manifestações "pelo emprego e a solidariedade na
Europa". Na Suíça, estão agendadas manifestações junto a
embaixadas e à representação permanente da União Europeia e, na
Polónia, decorrerão manifestações em várias cidades "em
defesa do trabalho digno".
Da Alemanha, Reino Unido, Holanda,
Áustria, Dinamarca e Suécia sairão mensagens de solidariedade para
com os trabalhadores dos países europeus que estão a ser afetados
por medidas de austeridade.
Na Bulgária, decorrerão em várias
cidades fóruns para discutir temas laborais, em Malta está previsto
um seminário sobre o emprego e na Letónia jovens sindicalistas
serão recebidos pelo presidente do parlamento para discutir o
emprego e a educação dos jovens.
Na Finlândia, os sindicatos organizam
várias ações para apelar ao respeito pelos trabalhadores na Europa
e farão chegar ao comissário europeu dos Assuntos Económicos um
conjunto de reivindicações, enquanto no Luxemburgo uma delegação
sindical será recebida pelo primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker,
que é também o líder do Eurogrupo (ministros das Finanças da zona
euro), para discutir as alternativas que existem para sair da crise.
- A partir de: Esquerda.net
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