É muito difícil ter uma visão
clara destas negociações paradoxais, dada a completa assimetria na
balança de forças, e o facto de um lado ter uma arma apontada à sua
cabeça. O que é claro, porém, é que o governo grego retrocedeu em
aspectos cruciais e a Alemanha quer uma rendição total. Por Stathis
Kouvelakis
20 de Fevereiro, 2015 - 18:57h
Para usar um cliché muito gasto, “os tempos são críticos”. De facto, são mais do que isso: estamos à beira de uma sequência temporal crucial. Todo o comportamento do governo Syriza será julgado pela sua reação à chantagem e aos ultimatos sem precedentes que está a receber por parte dos seus tragicamente denominados “parceiros” europeus. E as notícias da linha de frente não são agradáveis. É claro que é muito difícil ter uma visão clara da situação atual das negociações – “negociações” que são um paradoxo, dada a completa assimetria na balança de forças, e o facto de um lado ter uma arma (o Banco Central Europeu) apontada à cabeça do outro. O que é claro, porém, é que o governo grego retrocedeu em aspectos cruciais, especialmente no que diz respeito aos seus compromissos para com o povo que o elegeu. Antes de examinar a substância do pedido para uma extensão do “Programa de Assistência Económica e Financeira” enviado na quarta-feira pelo governo grego a Bruxelas, vejamos com mais detalhe o “documento Moscovici” divulgado pelo governo grego durante a reunião do Eurogrupo na última segunda-feira, na mesma altura em que declarou estar disposto a assiná-lo. Este documento descarta “ações unilaterais”, estabelece como objetivo fiscal superavits primários num volume indefinido, e reconhece a dívida na sua totalidade. Todos os ajustamentos futuros para a reestruturação da dívida terão de estar em linha com as decisões do Eurogrupo de novembro de 2012. Essencialmente, a implementação das medidas fundamentais do programa eleitoral do Syriza de Salónica ficam sujeitas à aprovação prévia dos credores, o que corresponde de facto à anulação do programa. Além disso, reconhece os termos odiosos dos acordos com os credores, dessa forma enfraquecendo a posição negocial da Grécia sobre essa questão. É óbvio que ao aceitar este enquadramento como um supostamente “acordo honroso”, o governo do Syriza fica com as mãos atadas. O pedido de extensão do Programa de Assistência Económica e Financeira inclui todos os pontos acima mencionados e acrescenta – pela primeira vez – o reconhecimento da “supervisão no âmbito da [União Europeia] e do BCE e, no mesmo espírito, com o Fundo Monetário Internacional para a duração de um acordo de extensão (alínea f)”. Por outras palavras, a troika está de volta mas com um nome diferente. Os média gregos já começaram a falar das “Instituições”. Mas nem isso é suficiente para a UE e o ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble. Tendo compreendido que o lado grego – ansioso por evitar qualquer rotura e até uma ação unilateral – está num caminho constante de retirada, o “parceiro” optou pela rendição total como o seu alvo primordial. Ao dar uma lição ao governo do Syriza, também estão a advertir o Podemos e qualquer outra força na Europa que possa desafiar a austeridade, os memorandos e a escravatura da dívida. O lado alemão rejeitou tanto o pedido grego para o Programa de Assistência Económica e Financeira, aparentemente visando mais concessões da Grécia, e a completa humilhação do governo de esquerda grego. "Não pode ser descartado que a escalada de exigências da UE e dos credores seja rejeitada por um governo que empreendeu alguns compromissos básicos para com o seu povo. É aqui, talvez, que reside a esperança. Não pode ser descartado que a escalada de exigências da UE e dos credores seja rejeitada por um governo que empreendeu alguns compromissos básicos para com o seu povo. E, mais importante, serão rejeitados por um povo que acredita de novo na esperança e que a leva para as ruas e praças do país. Uma retirada não deveria ser tratada como inevitável, e o governo grego merece apoio até o ponto em que aguente firme na guerra travada contra ele. Qualquer que seja a conclusão, uma coisa é certa. Todos os argumentos tranquilizadores que circularam nos últimos anos – acerca de um bluff europeu, acerca da possibilidade de derrotar a austeridade dentro da eurozona, de separar os acordos com os credores dos memorandos, de soluções na linha da conferência de Londres de 1953 sobre a dívida alemã (quer dizer, de uma reestruturação favorável ao devedor com o acordo do credor) – por outras palavras, os elementos constituintes da narrativa do “bom euro” – entraram todos em colapso. Nalgum momento, também nos devem explicações sobre isto. Stathis Kouvelakis é professor de Filosofia Política no King’s College de Londres e membro do Comité Central do Syriza. Publicado em Jacobin Tradução de Luis Leiria para o Esquerda.net
Interesses poderosos não
aceitam a vitória eleitoral do Syriza e adotam a tática do caos: querem
dizer à Europa que negociar não é possível. Por Michel Husson, A
l'encontre
17 de Fevereiro, 2015 - 09:05h
A tarefa mais urgente e mais determinante é construir, em toda a Europa, a resistência às pressões que a Grécia sofre. Foto Left.gr
O Banco Central Europeu (BCE)
acaba de tomar uma decisão de uma brutalidade inaudita: a partir de 11
de fevereiro, não aceitará os títulos públicos gregos como contrapartida
à liquidez concedida aos bancos gregos1.
É uma declaração de guerra aberta contra o governo de Tsipras: ou
renuncia à sua política ou os bancos gregos vão à falência. O BCE opta
por uma estratégia de caos, cujas consequências são absolutamente
imprevisíveis.
Super Mário: o fim das ilusões
A nomeação de Mario Draghi à frente do BCE foi, em si mesmo, uma
provocação. É preciso recordar que a entrada da Grécia na zona do euro,
em 2001, foi possível graças à maquilhagem das suas contas, realizada
sob a supervisão do banco Goldman Sachs. Este tinha aconselhado o
governo grego, que utilizara produtos derivados a fim de reduzir a
amplitude do seu défice orçamental. Mais tarde, a fraude foi reconhecida
e as contas, corrigidas. Mas Mario Draghi atuou como vice-presidente do
Goldman Sachs para Europa de 2002 a 2005 e, por isso, é difícil
acreditar que ele não estivesse ciente dessas manipulações, nem dos 300
milhões de dólares que haviam reportado a seu banco. Depois de suceder a
Jean-Paul Trichet na chefia do BCE, este último, diante de uma pergunta
de um jornalista sobre o passado de Draghi no Goldman Sachs, respondeu
com um silêncio sonoro e revelador2. “Tudo o que for necessário para salvar o euro”: com essa fórmula
proferida num discurso no último dia 26 de julho, Draghi fez acreditar
que, sob o seu mandato, o Banco Central Europeu fosse implementar uma
política mais acomodável. O anúncio posterior de uma Quantitative Easing
à europeia, ou seja, compras massivas de títulos públicos no mercado
secundário, teve dois efeitos. Indicando aos mercados financeiros que os
seus ataques especulativos seriam sistematicamente anulados, permitiu
desinflar um pouco as taxas de juros concedidas aos países em
dificuldades; e estabelecendo distância do dogma merkeliano, dava a
impressão de que a zona do euro dava um pequeno passo em direção a uma
gestão mais solidária em relação às dívidas soberanas. O anúncio do
plano de investimento por Juncker parecia confirmar essa impressão de
que a política europeia estava a começar a reorientar-se. Ilusões que já
foram dissipadas, por exemplo, por Pierre Khalfa3, que apontou os limites do “Super Mário” e as enganosas aparências do plano Juncker. Mas a decisão do BCE foi o fim da brincadeira e redescobrimos que os
princípios da austeridade europeia não variaram uma polegada. O primeiro
princípio é que as dívidas devem ser pagas. No caso grego, a sua
consequência é particularmente clara. Em 2012, a dívida grega teve um
corte (haircut); isto é, foi reestruturada. Mas tal
reestruturação era bem mais modesta, dado que, segundo as próprias
estatísticas da Comissão Europeia, a dívida grega passou de 356 mil
milhões de euros no final de 2011 para 305 mil milhões no final de 2012 –
isso quer dizer uma redução efetiva de 51 mil milhões (14% do total).
Na realidade, foi sobretudo uma reestruturação dos créditos dos bancos
privados que, mediante uma modesta redução, se viram livres desses
créditos duvidosos e que foram assumidos, na sua grande maioria, pelas
instituições europeias. Instituições para as quais aquele era o último
esforço a fim de aliviar a carga da dívida. Mas, sempre segundo dados
oficiais, no final de 2014 a dívida grega representava 175,4% do PIB. E o
objetivo que se impõe à Grécia é reduzi-la a 120%, ou seja, uma redução
desmedida e impossível de se alcançar sem dizimar o povo grego. O segundo princípio é o da condicionalidade, que está omnipresente tanto no Quantitative Easing de
Draghi como no plano Juncker: todas as ajudas monetárias ou financeiras
estão sujeitas à aplicação das famosas “reformas estruturais”, em
consonância com o mandato da troika. Para compreender quão detalhados e
brutais podiam ser os enviados da troika nas suas prescrições, basta
consultar os seus documentos oficiais (por exemplo, o balanço do
programa de ajuste grego4 redigido pela Comissão Europeia em abril de 2014).
Qual renegociação da dívida grega?
O ritmo dos acontecimentos acelera e a decisão unilateral do BCE é
uma resposta à tática do novo governo grego. O ministro das finanças da
Grécia, Yanis Varoufakis, é um economista heterodoxo brilhante e um
crítico original da financeirização que joga um papel central na
aspiração dos excedentes (e dos lucros) pelos Estados Unidos, o que ele
chama de “O Minotauro planetário”. Mas é também autor, com Stuart
Holland e James Galbraith, de uma "modesta proposta para superar a crise
do euro”5,
uma variante – hábil – da ideia de euro-obrigações que permitam
mutualizar as dívidas soberanas (à altura do umbral fatídico dos 60% do
PIB de cada país) e reciclar os fundos assim obtidos para financiar um
programa europeu de investimentos, via Banco Europeu de Investimentos.
Tratava-se, efetivamente, de uma proposta modesta, levando em conta a
amplitude dos desequilíbrios estruturais da zona do euro, e apoiando-se
na vontade de tornar compatíveis esses novos dispositivos com regras do
jogo europeias. Alguns dias antes da sua nomeação como ministro, fixava o objetivo de “destruir os fundamentos do sistema oligárquico”6
e este ponto é essencial, por duas razões: o aumento da dívida grega
antes da crise é indissociável das punições realizadas por essa
oligarquia e, efetivamente, o desenvolvimento da Grécia não é possível
sem destruir esse sistema. Aí se apresentam “reformas estruturais”
necessárias, mas não são, de forma alguma, as mesmas em que pensa a
Comissão Europeia pensa. Agora, a questão imediata é a da dívida. A posição do novo governo
desenhou-se muito rapidamente: afirmação da vontade de negociar, mas
lembrando o princípio amplamente compartilhado no Syriza, de “nenhum
sacrifício para o euro”, e a rejeição de negociar com a troika. Logo
vieram as propostas, cujas linhas gerais foram expostas por Varoufakis7. São moderadas ou razoáveis, e consistem em troca da dívida (swap)
pela criação dos novos tipos de títulos. Os primeiros substituiriam as
ajudas europeias outorgadas em 2012 no marco do mecanismo europeu de
estabilidade (MEE) e seriam indexadas ao crescimento. Os segundos seriam
obrigações perpétuas que substituiriam os títulos gregos atualmente nas
mãos do Banco Central Europeu. Varoufakis anunciou em seguida que havia escolhido o banco Lazard
para aconselhá-lo na negociação. É o mesmo banco que interveio na
reestruturação de 2012. O seu vice-presidente para a Europa é Mathieu
Pigasse, banqueiro “de esquerda” que, por outro lado, dirige a Inrockuptibles – uma revista progressista – e controla, com Pierre Bergé e Xavier Niel, o Le Monde e o L'Obs.
Aliviar a dívida, em vez de anulá-la
Pigasse detalhou as suas propostas numa entrevista à France Inter8.
Consistem em dividir a dívida por dois, em mãos dos credores públicos, o
que resulta numa redução de cerca de 100 mil milhões de euros de um
total de 320 mil milhões. Isso permitiria à Grécia alcançar o objetivo
de um rácio dívida/PIB de 120% a um custo menor. Isto é, não se trata de
uma anulação da dívida, mas de um “alívio” ou de uma “diluição”, para
retomar os termos de Pigasse. Assim se explica a ideia de indexar os
títulos ao crescimento: “Vou pagá-los enquanto o meu crescimento superar
um determinado índice”. Esse primeiro dispositivo atuaria sobre 75 mil
milhões de euros. Quanto aos títulos perpétuos, implicam juros, mas
podem não ser devolvidos, ou sê-lo num prazo muito longo: 100 ou 150
anos, segundo Pigasse. Isso afetaria os 25 mil milhões de euros
restantes. Essas propostas são uma primeira base de discussão que foi
imediatamente alvo de uma demonstração de hostilidade, e conduziu o BCE a
tomar a sua decisão, que pode comparar-se a um golpe de Estado
financeiro. No entanto, o anúncio dessas propostas tinha tranquilizado
os banqueiros gregos, cujas ações haviam recuperado um pouco do terreno
perdido. Com um comportamento ambíguo, o BCE fez um segundo anúncio, o
de uma ajuda aos bancos gregos de 60 mil milhões de euros, concedida no
marco de um procedimento de urgência batizado de ELA (Emergency
Liquidity Assurance). A mensagem é, portanto, muito clara: “Os bancos
antes do povo”. Essa operação ilustra a vontade, bastante política, de
desestabilizar o governo grego, privando-o de qualquer alívio que lhe
permita avançar na implementação de seu programa. Varoufakis disse
precisar de seis meses: o BCE nega-os.
As coordenadas de uma situação complexa
Agora é preciso avaliar as propostas do governo grego, começando por
descartar as cifras extravagantes que circularam. Em França,
explicaram-nos que eliminar a dívida grega custaria em média entre 650 e
731 euros a cada contribuinte. Na realidade, o que se deixaria de
ganhar não seriam mais do que 10,5 euros por adulto residente na França,
conforme estabelece com grande clareza um artigo do La Tribune9. Em todo caso, o que se pode hoje conhecer do plano de alívio é
limitado na sua amplitude e está submetido a grandes incertezas. De
facto, não afeta mais do que um terço da dívida total e esta continuaria
representando 120% do PIB, o que continua a ser considerável. Ao mesmo
tempo, é preciso observar que a carga de reembolsos seria reduzida. Este
ponto é importante porque a Grécia, diferente da França, por exemplo,
não pode “fazer a reciclagem” da sua dívida – dito de outra forma,
endividar-se para cobrir os seus reembolsos, pois já não tem acesso (ou
teria só a juros extravagantes) aos mercados financeiros. Portanto, a questão é saber o que ocorreria com o pagamento dos
juros. O impacto depende do que concretamente for negociado, em caso de
haver uma negociação. Por exemplo, a indexação sobre o crescimento pode
querer dizer que a Grécia não pagaria juros, ou que pagaria menos,
enquanto não tiver recuperado uma certa taxa de crescimento? Mas qual
seria o ponto de crescimento a partir do qual se desencadeariam os
pagamentos de juros? Quanto aos títulos perpétuos, eles têm a vantagem
de dispensar reembolsos mas, além de representarem apenas 25 mil milhões
de euros, também é preciso perguntar qual seria o nível do juro
aplicado. A experiência histórica mostra que as “dívidas perpétuas”
foram, em geral, acompanhadas de juros mais elevados. Podemos então repreender o governo grego por não ter feito subir
suficientemente os lances, declarando de forma unilateral uma moratória
total da dívida (reembolso e juros) para estabelecer uma melhor
correlação de forças inicial? É evidentemente possível, de modo
abstrato, mas evitaremos aqui adotar uma posição de força sem dúvida
muito mais fácil quando afinal não somos senão um observador a
distância. O balanço daquilo que não passa de um primeiro round não é
tão mau. O posicionamento do governo grego baseou-se numa mistura, em
princípio bem dosada, de firmeza sobre as orientações e de abertura a
uma negociação “razoável”. Isso bastou para fazer o BCE sair do bosque e
revelar – como se fosse necessário – a sua verdadeira natureza ao
serviço dos interesses da finança. E, sobretudo, o governo ganhou
legitimidade: na própria Grécia mesmo, mostrando que faz frente às
pressões da finança, mas também no conjunto da Europa, onde o apoio à
experiência capitaneada pelo Syriza tem agora um objetivo preciso, o de
afrouxar as rédeas do BCE sobre a Grécia. Também é preciso compreender que o governo grego luta em duas
frentes: contra o peso da dívida e, portanto, contra o rigor das
instituições europeias; e contra a oligarquia. Sem dúvida, este segundo
combate é o mais decisivo para, além das medidas de urgência, colocar a
Grécia no caminho de um modelo de desenvolvimento mais estável e, por
conseguinte, mais igualitário. No entanto, os ritmos não são os mesmos: a
dívida é um tema urgente, mas o combate antioligárquico implica
implementar as (boas) reformas estruturais, e isso levará mais tempo. A
estratégia consiste em acertar temporariamente a questão da dívida, o
que pode permitir reorientar mais rapidamente a ação política sobre a
situação interna. Alguns, como Frédéric Lordon10,
pensam que o Syriza não tem mais do que duas opções: ou “passa debaixo
da mesa” (dito de outra forma, rende-se), ou se “coloca de pernas para o
ar”, saindo do euro. Evidentemente, tendo em conta a furiosa vontade
das instituições europeias de fazer a experiência grega fracassar, não
se pode desconsiderar uma saída do euro. Mas uma desvalorização não
constituiria em si mesmo uma baforada de oxigénio suficiente para
reabsorver os desequilíbrios estruturais da economia grega, e não
permitiria tampouco proteger-se das medidas de represália. A Grécia vive um desses períodos nos quais a história se acelera, nos
quais as correlações de forças se modificam rapidamente. O seu governo e
o seu povo estão diante de interesses poderosos, que não aceitam a
vitória eleitoral do Syriza, a vitória de um “voto insurrecional”,
segundo o Financial Times. O apoio à
experiência levada a cabo na Grécia não pode e não deve ser
incondicional: seria o pior dos serviços que lhes poderíamos prestar.
Esse apoio deve basear-se numa análise mais detalhada possível da
evolução da situação, com sugestões e críticas. Mas a tarefa mais
urgente e mais determinante é construir, em toda a Europa, a resistência
às pressões que a Grécia sofre, e romper com o seu isolamento. Um
recente chamamento lançado pelos principais dirigentes sindicais alemães11afirma que a Grécia não é uma ameaça, mas sim uma oportunidade para a
Europa; outro chamamento internacional de economistas e de
universitários manda uma mensagem similar aos governos e às instituições
europeias:12é esse tipo de apoio de que a Grécia precisa, e de forma inédita. O futuro do povo grego é decidido hoje na Grécia. Publicado em A L'Encontre e Viento Sur. Traduzido pela Carta Maior. Adaptado para Portugal por Luis Leiria para o Esquerda.net
- (Citando Chomsky) A forma eficaz de combater (de facto) o terrorismo é deixar de o apoiar – [e praticar] …
- Como a importância e relevância dos discursos e posições são inversamente proporcionais à sua difusão (no “civilizado” ocidente) – aqui ficam algumas (alguns) que os obedientes ,e auto-disciplinados, rafeiros enterteiners (que se dão pelo nome de “jornalistas”) estoicamente ignoram e obliteram da opinião pública ...
2- Discurso de Hassan Rouhani (Presidente da República Islâmica do Irã) na 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU (a 25 de Julho de 2014)
__________
(Transcrição/tradução da intervenção, não oficial, realizada pelo pessoal da Vila Vudu - a partir de redecastorphoto)
_________
Senhor Presidente,
Excelências,
Senhoras e Senhores,
Graças a Deus, o Senhor dos Dois
Mundos e Pregador, e que a paz esteja com nosso Profeta Maomé, sua
família e seus companheiros.
De início, quero estender minhas
sinceras congratulações por sua muito merecida eleição à
presidência dessa 69ª Sessão da Assembleia Geral. E meus
cumprimentos também a Sua Excia. Sr. Ban Ki-moon, por seus esforços.
É minha esperança sincera que a
Sessão dessa Assembleia Geral desse ano leve o mundo, na sua
situação atual crítica, um passo mais próximo da segurança e da
tranquilidade para os seres humanos – que é, claro, um dos
objetivos fundamentais da ONU.
Sr. Presidente,
Venho de uma região do mundo cujas
muitas partes ardem hoje no fogo do extremismo e dos excessos. A
Leste e a Oeste do meu país, extremistas ameaçam nossos vizinhos,
recorrem à violência e derramam sangue. Não falam todos, é
claro, uma mesma língua; não têm todos a mesma cor de pele, nem a
mesma nacionalidade; e chegaram àquela parte do mundo, o Oriente
Médio, provenientes de todo o mundo. Mas, sim, eles têm uma
mesma ideologia: “violência e extremismo”. E têm todos, também,
um único objetivo: “a destruição da civilização, gerando a
islamofobia e criando campo fértil para mais intervenções de
exércitos estrangeiros em nossa região”.
Lamento profundamente ter de dizer que
o terrorismo é hoje globalizado: “De New York a Mosul, de Damasco
a Bagdá, do mais extremo oriente ao mais extremo ocidente do mundo,
da Al-Qaeda ao Daesh”. Os extremistas do mundo se encontraram uns
os outros e conclamam: “extremistas de todo mundo uni-vos”. Mas e
nós? Estamos unidos contra os extremistas?!
O extremismo não é questão regional
com a qual só as nações de nossa região tenham de lidar: o
extremismo é uma questão global.
Alguns estados ajudaram a criar o
extremismo e hoje já não conseguem enfrentá-lo ou controlá-lo.
E atualmente os nossos povos estão pagando o preço.
O antiocidentalismo de hoje é fruto do
colonialismo de ontem.
O antiocidentalismo de hoje é reação
contra o racismo de ontem.
Algumas agências de inteligência
puseram punhais nas mãos de possessos que hoje já não poupam
ninguém. Todos os que tiveram qualquer função na criação desses
grupos terroristas e no apoio que deram a eles devem reconhecer os
próprios erros que levaram ao extremismo. Têm de pedir desculpas
não só à geração passada, mas também à geração futura.
Para combater as causas subjacentes do
terrorismo, é preciso conhecer suas raízes e fazer secar suas
fontes. O terrorismo germina onde reine a miséria, o desemprego, a
discriminação, a humilhação e a injustiça. E cresce com a
cultura da violência. Para erradicar o extremismo é preciso
distribuir desenvolvimento e justiça e corrigir as distorções
dos ensinamentos divinos postos hoje para justificar brutalidade e
crueldade. A dor é aumentada quando esses terroristas espalham
sangue e morte em nome da religião, ou degolam em nome do Islã.
O que querem é manter ocultada a
incontroversa verdade da história que se baseia nos ensinamentos de
todos os profetas divinos, de Abraão e Moisés e Jesus a Maomé (que
a Paz esteja com Ele), para os quais tirar uma única vida inocente
equivale a assassinar toda a humanidade.
Espanta-me imensamente que esses grupos
de assassinos se declarem grupo islâmico. E mais ainda me
surpreende que a imprensa-empresa ocidental, alinhada com aqueles
assassinos, repita essa mentira, repetição que provoca a ira de
todos os muçulmanos.
O povo muçulmano que todos os dias
relembra Deus como o Mais Generoso e o Mais Compassivo, e que tantas
lições de bondade e empatia aprendeu de seu Profeta, toma essa
difamação diária como parte de um projeto para disseminar a
islamofobia.
Os fracassos e erros estratégicos
do Ocidente no Oriente Médio, Ásia Central e Cáucasos converteram
essas partes do mundo em abrigo seguro para terroristas e
extremistas.
A agressão militar contra o
Afeganistão e contra o Iraque e a interferência imprópria e
indevida nos desenvolvimentos na Síria são exemplos claros da
abordagem estratégica errada no Oriente Médio.
Como abordagem não pacífica, a
agressão e a ocupação atacam a vida e os espaços de moradia e
sobrevivência de pessoas comuns; a agressão e a ocupação resultam
em consequências comportamentais e psicológicas de aversão, que
hoje se manifestam sob a forma de violência e morte no Oriente Médio
e no Norte da África, a ponto, mesmo, de atrair para lá cidadãos
de outras partes do mundo. A violência atualmente se difunde para
todos os cantos do mundo, como doença contagiosa.
Nós sempre acreditamos que a
democracia não pode ser transplantada de terras distantes;
democracia é resultado de desenvolvimento e crescimento; não é
resultado de guerra e agressão. Democracia não é item de
exportação que possa ser comercialmente exportado do
ocidente para o oriente. Numa sociedade subdesenvolvida, democracia
importada só gera governos fracos e vulneráveis.
Quando generais põem os coturnos numa
região, que não esperem ser recebidos com afeto pelos diplomatas:
quando a guerra começa, a diplomacia tende a parar. Quando a
atmosfera no Oriente Médio for de confiança e segurança, a
resposta será, também de confiança e segurança. Mas se se impõem
sanções, começa simultaneamente a implantar-se uma ira profunda
contra os sancionadores.
Os interesses dos países ocidentais em
nossa região estão associados ao reconhecimento de nossas crenças,
por aqueles países; e ao reconhecimento por eles, também, de que
nosso povo deseja governo democrático na região.
A experiência de criação da
Al-Qaeda, dos Talibã, dos modernos grupos extremistas demonstrou que
é possível servir-se de grupos extremistas como instrumento contra
estado não amistoso e, ao mesmo tempo, fingir que não se veem as
consequências de um extremismo sempre crescente. Causa grande
perplexidade que se repitam os mesmos erros, apesar das muitas
dolorosas experiências.
Relembremos que o Irã convidou todos
para um “diálogo” antes dos atos criminosos de 11 de setembro; e
que também clamamos por “um mundo contra a violência e o
extremismo” antes que eclodissem as atuais atrocidades. Talvez, no
passado, pouca gente fosse capaz de prever o incêndio que arde hoje.
Mas agora o extremismo e a violência absolutamente fora de
controle são ameaça iminente para o mundo.
É autoevidente que sem compreensão
acurada de como se geraram as condições que há hoje, jamais
encontraremos as solução certas. Hoje, mais uma vez, tenho de
alertar contra a disseminação do extremismo e o perigo imposto
pela compreensão inadequada e por qualquer abordagem errada desse
fenômeno.
O Oriente Médio anseia por
desenvolvimento e está farto de guerras. É direito natural dos
povos das terras férteis do Oriente Médio viver em paz e
prosperidade.
No passado, o colonialismo negou
esse direito a eles e, hoje, a sombra da guerra e da violência
ameaça a segurança daqueles mesmos povos.
Em nossa região há políticos
moderados e elites que gozam da confiança do povo. Não são nem
anti-Ocidente nem pró-Ocidente. Embora não esqueçam o papel que
teve o colonialismo no atrasamento de suas nações, não
esquecem que suas próprias nações são capazes de, elas mesmas,
alcançar o desenvolvimento pelo qual anseiam.
Não que absolvam o ocidente pelos seus
muitos erros e malfeitos, mas sabem ver também os próprios
fracassos. Esses homens e mulheres podem assumir posições de
liderança ativa e reunir à volta deles a confiança de suas
respectivas sociedades, e estabelecer as mais potentes coalizões
nacionais e internacionais contra a violência.
As vozes desses homens e mulheres
são as verdadeiras vozes da moderação no mundo islâmico; a fala
familiar de um afegão farto de guerras; de um iraquiano vítima do
extremismo; de um sírio horrorizado com a ação de terroristas; de
um libanês que é atormentado pela violência e pelo sectarismo.
Entendo que há erro estratégico,
se países de longe da região se autoproclamem líderes de uma ou
outra coalizão, exclusivamente para tentar proteger a própria
hegemonia na região.
Obviamente, porque a dor é velha
conhecida dos povos do Oriente, não dos que chegam de longe, a
melhor coalizão possível será a que se forme na própria região,
e que assuma sobre os próprios ombros a responsabilidade por liderar
a luta contra a violência e o terrorismo. E se outras nações do
mundo tiverem real desejo e interesse legítimo em agir contra o
terrorismo, sempre poderão acorrer e apoiar a coalizão local.
Advirto que, se não soubermos aliar
nossas forças contra o extremismo e a violência hoje, e se
fracassarmos no trabalho de alistar os povos da região para que
resistam contra o extremismo, amanhã o mundo já não será seguro
para ninguém.
Sr. Presidente,
Ano passado, tentei cumprir o papel do
meu país na realização da paz nos dois níveis, regional e
internacional, e ofereci uma proposta sobre “um mundo contra a
Violência e o Extremismo” – que mereceu apoio geral.
Na tumultuada, caótica região que é
o Oriente Médio, o Irã é uma das nações mais tranquilas, seguras
e estáveis. Mas todas as nações da região têm de manter em mente
que estamos no mesmo barco. Assim, precisamos de ampla cooperação
para tudo que tenha a ver com nossa vida social e política, e com
questões de segurança e defesa, com vistas a alcançar compreensão
durável e comum a nós todos.
Se já houvesse maior cooperação e
melhor coordenação no Oriente Médio, milhares de palestinos
inocentes não teriam tombado em Gaza, vítimas da agressão pelo
regime sionista. Entendemos que a interação e a construção de
confiança entre os estados da região é fundamentalmente essencial
para a resolução de conflitos. Apoiamos qualquer medida que promova
cooperação entre nações islâmicas para combater o extremismo, as
ameaças e a agressão e, nesse campo, estamos preparados para
cumprir nosso papel construtivo e positivo permanente.
Sr. Presidente,
As opressivas sanções impostas ao
Irã prosseguem, na sequência de erro estratégico contra
nação independente e moderada, considerado o delicado quadro
geral em nossa região. Durante o ano passado, nos engajamos no
diálogo mais transparente, para construir confiança em torno do
programa nuclear iraniano para finalidades pacíficas. Abrimos agenda
para negociações sérias e honestas, não como resultado de sanções
ou efeito de ameaças, mas porque era desejo do povo do Irã que seu
governo negociasse.
Somos de opinião que a questão
nuclear só pode ser resolvida mediante negociação, e quem
considere qualquer outra via comete erro grave. Qualquer demora que
adie um acordo final só faz aumentar os custos; não só para
prejuízo do Irã, mas também para prejuízo da economia de outras
partes envolvidas e das possibilidades de desenvolvimento e segurança
em nossa região. Ninguém deve duvidar de que concessões e acordos,
nessa questão, sempre serão feitos com vistas ao melhor interesse
de todos, sobretudo das nações da região.
As negociações nucleares entre o Irã
e o Grupo 5+1 prosseguiram, ano passado, com seriedade e otimismo de
ambas as partes. Segundo todos os observadores internacionais, a
República Islâmica do Irã cumpriu, de boa fé, todos os
compromissos que assumiu. Apesar disso, algumas das observações e
ações de nossos contrapartes criaram algumas dúvidas sobre a
determinação deles e o realismo da posição deles. Mesmo assim
esperamos ainda que as negociações em andamento levem a um acordo
final, no curto período de tempo que resta para negociar.
Estamos comprometidos a perseverar
em nosso programa nuclear para finalidades pacíficas, inclusive com
enriquecimento de urânio, e a usufruir plenamente todos os direitos
nucleares que são nossos em território iraniano, nos termos
prescritos pela lei internacional.
Estamos decididos a continuar as
negociações com nossos interlocutores em honestidade e boa fé,
baseados no respeito e na confiança mútuos, na remoção de todas
as preocupações de ambos os lados, em pés de igualdade e
reconhecidos todas as normas e princípios internacionais. Creio
que os dois lados devem manter-se aderidos à estrita implementação
dos compromissos. Evitar demandas excessivas nas negociações, por
nossos contrapartes, é pré-requisito para o sucesso das
negociações. Um acordo final sobre o programa nuclear para
finalidades pacíficas do Irã pode servir como primeiro movimento de
uma colaboração multilateral para promover segurança, paz e
desenvolvimento em nossa região e além dela.
O povo do Irã, que tem sido
submetido a pressões, especialmente nos últimos três anos,
como efeito de continuadas sanções, não pode confiar em
nenhuma cooperação de segurança entre seu próprio governo e os
que impuseram aquelas sanções e criaram tantos obstáculos contra a
satisfação das mais básicas necessidades do povo do Irã, como
comida e remédios. As sanções criarão impedimentos ainda
adicionais, no caminho de qualquer cooperação futura de longo
prazo.
O povo do Irã é devotado a alguns
princípios e valores no topo dos quais estão a independência, o
desenvolvimento e o orgulho nacional. Nosso povo avalia o
comportamento de seu governo pelos mesmos critérios. Se esse óbvio
fato nacional não é compreendidos pelos nossos parceiros
negociadores e eles cometem erros ofensas graves no processo, uma
oportunidade histórica e excepcional será desperdiçada.
Como os senhores sabem, durante as
negociações nucleares que estão em negociação nesse ano, o
governo iraniano tomou algumas iniciativas que criaram novas
condições favoráveis, que resultara, naquela fase, no Plano
Conjunto de Ação de Genebra. Estamos determinados a continuar na
nossa abordagem de construir confiança e oferecer máxima
transparência nesse processo. Se nossos interlocutores estão
igualmente motivados e são igualmente flexíveis, podemos superar o
problema e alcançar acordo duradouro, mesmo no curto tempo que nos
resta. Nesse caso, emergirá um ambiente inteiramente novo, para
cooperação nos planos regional e internacional, permitindo maior
foco em algumas questões regionais muito importantes como combater a
violência e o extremismo na região.
Chegar a um acordo nuclear final e
compreensivo com o Irã será oportunidade histórica para que o
ocidente mostre que não se opõe ao avanço e ao desenvolvimento
de outros países e não discrimina no que tenha a ver com
respeitar leis e regulações internacionais. Esse acordo pode
levar mensagem de paz e segurança, indicando que o modo pelo qual
alcançar a resolução dos conflitos é a negociação e o respeito,
nunca o conflito e a sanção.
Sr. Presidente, Senhoras e senhores,
Ano passado a grande nação do Irã
participou de amplas, calmas, importantes eleições presidenciais, e
endossou o discurso de “Antevisão, Esperança e Moderação
Prudente”. Depois das eleições, o povo do Irã apoia o seu
governo eleito nos esforços para construir o país. Enquanto alguns
dos países em torno do Irã caíram presa da guerra e dos tumultos,
o Irã permanece em segurança, estável e calmo.
A política baseada em princípios de
meu governo existe para trabalhar na direção de interações
construtivas com nossos vizinhos, baseada em mútuo respeito e com
ênfase em interesses comuns. A noção de que o Irã buscaria
controlar outros países na região é mito reposto em circulação
em anos recentes, no contexto de um projeto iranofóbico. Os que
dizem que o Irã buscaria controlar outros países carecem de
inimigos imaginados, para manter vivas as tensões e semear
divisões e conflitos e, assim, vão trabalhando para que os
recursos nacionais não sejam aplicados no desenvolvimento do nosso
país. Nós trabalhamos para pôr fim a essa iranofobia
delirante, preparando as condições para construir parcerias
estratégicas com nossos vizinhos.
Concluindo, ano passado alertei
contra a expansão da violência e do extremismo. Esse ano volto a
alertar: se a abordagem correta não for adotada para enfrentar
as questões que se veem à nossa volta, nos aproximamos ainda
mais de ter região turbulenta e tumultuada, o que terá repercussões
em todo o mundo. A solução correta para as dificuldades que há
nasce dentro da região e provê regionalmente as soluções
necessárias; com o apoio internacional, sim, mas não vinda de
fora da região.
Deus Todo Poderoso prometeu aos que
creem e cumprem bem os próprios deveres, que Ele lhes garantiria a
sucessão na autoridade sobre a terra, e que todos os medos dos
homens e mulheres seriam convertidos em paz e segurança.
Minha mais sincera esperança é que
nossa geração cumpra o seu dever e deixe um planeta mais seguro e
desenvolvido, como legado dela à próxima geração. Desejo sucesso
a todos.
Deal, under which Kiev will have to cut spending, restructure banks
and fight corruption, comes as leaders meeting in Minsk agree ceasefire
for east of country
The head of the IMF, Christine Lagarde, described the programme as ambitious, tough and ‘not without risk’. Photograph: François Lenoir/Reuters The International Monetary Fund has announced a $17.5bn (£11.5bn) loan to war-stricken Ukraine, extending the lifeline keeping the country from bankruptcy. The announcement came as the leaders of Russia, Ukraine, Germany and France agreed a ceasefire deal for the east the country. Nine people were reportedly killed and 35 wounded on Thursday morning. The head of the IMF, Christine Lagarde, told reporters in Brussels that the organisation had reached a staff-level agreement with the Ukrainian government on a new four-year economic reform programme and a $17.5bn loan. The deal replaces another $17bn loan programme announced by the IMF in April, of which $4.5bn was distributed, meaning the IMF’s total financing will be $22bn. “It is an ambitious programme, it is a tough programme and it is not without risk,” Lagarde said. “But it is also a realistic programme and its effective implementation, after consideration and approval by our executive board, can represent a turning point for Ukraine.” In exchange for the sorely needed cash, Kiev will have to cut spending, restructure its banks and take further measures to fight corruption. Slashing expenditure on social services and other benefits is certain to be an unpopular move with the public, whose resources are already stretched. State workers at Ukraine’s major rocket engine-maker Yuzhmash have been on strike this week after seven months without pay. Ukraine’s economy, which has been in crisis for years, has been struck a huge blow by the conflict in the east, which costs Kiev $8m a day, according to the country’s president, Petro Poroshenko. The hryvnia lost half of its value in just two days this month after the government announced it would stop propping up the currency, and foreign currency reserves have dwindled to $6.42bn. The country’s economy shrank by 7.5% last year in the most “difficult year since at least the second world war,” the head of the central bank said at the end of December.
Convocatória partiu das redes
sociais, depois que se souberam as medidas do BCE e as exigências do
governo alemão. O seu lema foi: “Não à chantagem! Não capitulamos! Não
temos medo! Não voltamos atrás! Venceremos!”
5 de Fevereiro, 2015 - 17:28h
Manifestação foi convocada nas redes sociais. Foto left.gr Os gregos reagiram com manifestações de rua às pressões do BCE do governo alemão que procuram reverter o rumo antiausteridade imposto pelo novo governo de Atenas. No próprio dia em que o Banco Central Europeu anunciou restrições ao crédito aos bancos gregos e que o ministro das Finanças alemão exigiu a reversão das novas medidas adotadas pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras, uma convocatória nascida nas redes sociais reuniu muitos milhares dee pessoas em muitas cidades do país.
A multidão, desta vez, é em apoio ao governo. E não há barreiras. Foto do Keep talking Greece O seu lema foi: “Não à chantagem! Não capitulamos! Não temos medo! Não voltamos atrás! Venceremos!” Para além da concentração na praça Syntagma, em Atenas, houve manifestações em Salónica, Patras, Heraklion, Chania, Kastoria e outras cidades.